Agosto, 2021
PRODUTO: Domos Geodésicos
TIPO DE PROPOSTA:
LEADS:
ETAPA DE FUNIL
PÚBLICO ALVO:
EMOÇÃO (ou emoções envolvidas na compra do produto)
FILTRAGEM DAS EMOÇÕES (para foco inicial do trabalho)
FORMATO:
O conceito partiu de um olhar sobre o público que a Paradome tinha no ano de 2021.
Com quase 10 anos de existência, era preciso fazer uma análise profunda do perfil dos compradores para entendermos, em primeiro lugar, se o cliente naquele momento era o mesmo com quem a marca vinha se comunicando nos últimos anos.
Com essa análise, entendi que o público era majoritariamente feminino, na grande maioria eram pais e vinham de diversos canais.
Os compradores chegavam através de outros pais que já tinham comprado o produto, de comunidades de terapias holísticas em redes sociais, grupos ligados à vida saudável (vegetarianismo, permacultura e afins) e comunidades ligadas a artes em geral.
Estes canais estavam quase todos conectados às propostas mais gerais da Pedagogia Waldorf, que prezam pela integração das pessoas da família com a criança e com a natureza de uma maneira sutil mas presente e constante.
Esse posicionamento modifica totalmente o cotidiano destas famílias, tendo reflexos na alimentação, no estudo e aprendizado, no comportamento e tomada de decisões.
É uma maneira holística de entender a postura do ser humano dentro da sociedade: O homem depende do meio ao seu redor e o meio só permanece se o homem o compreender e facilitar a coexistência de todas as espécies.
As crianças são vistas com um olhar muito mais natural do que em outros tipos de pedagogias. As descobertas e os riscos fazem parte da evolução e precisam estar presentes em seu dia a dia, de forma controlada mas nunca extinta.
Elas precisam enfrentar situações para criar o discernimento.
Quando verifiquei a existência de atletas entre os compradores, percebi que eles também se encaixavam em vários dos canais que tinham trazido os pais até a Paradome.
Ou seja, os atletas, por mais que buscassem os domos com outro propósito que não o pedagógico, estavam ali por motivos e iscas muito parecidas com as dos pais.
Por conta disso, a ideia de que um Domo Geodésico é mais que um brinquedo lúdico, é a conexão do ser humano com as formas primordiais da natureza e que por conta disso, proporciona a sensação de pertencimento e reconexão com ela, se tornou o conceito ideal a ser trabalhado.
As pesquisas junto ao público e rastreios de modos de consumo e redes sociais dos clientes trouxeram as informações que eu precisava.
A partir disso o cruzamento de detalhes em comum e rastreio do “por que isso é comum a vocês dois?” trouxeram as informações finais sobre o conceito criado, e a estratégia ideal para espargir a ideia.
Portanto, os clientes Paradome foram os grandes fornecedores de informação para a criação da nova comunicação.
O maior problema era não entender se ela estava sendo “ouvida” pelo público.
Se ela o atingia mesmo ou, se as vendas até então dependiam exclusivamente de uma divulgação “boca a boca” feita por pais de escolas Waldorf.
As conversões aconteciam bem, e o CEO já tinha uma ideia inicial de onde — ou por onde — os clientes estavam chegando, mas como isso era apenas uma impressão até o momento, era necessária uma pesquisa profunda para que tivéssemos certeza do que se supunha.
E as pesquisas nos informaram ainda mais coisas do que isso, além de nos trazerem a certeza sobre a postura que deveríamos seguir. Elas ditaram a voz da comunicação e nos confirmaram informações sobre “o que” atraía os compradores para aquele tipo de produto.
A ideia de que “brincar livre”, em seu mais amplo entendimento (ao ar livre, sem tecnologias, usando o próprio corpo como peso, inventando e criando em contato com a terra e com outras crianças) era o que unia todos os compradores. Pais, educadores, atletas e arquitetos.
Por mais que os caminhos pelos quais chegavam até a Paradome fossem diferentes, essa era a ideia em comum. Disso, extraímos o seguinte conceito:
“Adultos fortes são crianças que puderam brincar livres”, e desta ideia trouxemos toda a comunicação.
Quando falávamos com os adultos atletas, buscávamos na comunicação o acordo com a lembrança de quando ele era uma criança e sonhava em subir montanhas.
Com educadores, a premissa do “brincar livre” faz parte de seus propósitos, então aqui tudo ficou mais fácil.
E para arquitetos e urbanistas, os Domos são brinquedos bonitos, seguros e duráveis, que valorizam qualquer ambiente público e trazem para as crianças a atividade física integral, pois ele “mexe” com todo seu corpo, trazendo muito mais resultados como equipamento de atividade física.
Trouxemos a figura do CEO, que é montanhista e pai Waldorf, para dentro da comunicação da marca. A voz veio dele, de suas experiências com seus filhos e com as montanhas, e toda a comunicação passou a ser do “pai” Jack Rocha para os outros pais.
Da mesma forma, por conta de sua proximidade com as montanhas, dar a sua voz para conversar com atletas também foi muito mais simples.
E o apoio das pedagogias Waldorf e Montessori e o conhecimento que ele tem acerca delas permitiu que pudesse debater com arquitetos os benefícios pedagógicos desses brinquedos em áreas públicas, possibilitando parcerias e compras por prefeituras de cidades no interior de São Paulo.
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